sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Fisiologia do Esforço Físico - Parte III

Alterações metabólicas

Ao mesmo tempo em que o trabalho muscular influi de modo muito direto sobre a natureza e amplitude da necessidade energética, ele também repercute grandemente sobre o equilíbrio global do organismo.

Energética do esforço
A energia química utilizada na contração muscular provém unicamente de ligações químicas "fosfatos" ricos em energia presentes em uma molécula fundamental, o trifosfato de adenosina, ou ATP. Durante o esforço, as concentrações de ATP da célula serão deprimidas e deverão ser reconstituídas de maneira instantânea enquanto o animal estiver correndo ou realizando seu trabalho. Essa reconstituição faz-se de acordo com três processos cujos respectivos papéis e intensidades dependerão do tipo de esforço físico exigido do cão:

Anaerobiose aláctica: durante um esforço muito breve e muito intenso (alguns segundos), o ATP é reconstituído a partir das reservas do músculo em fosfocreatina, sem haver necessidade de oxigênio (anaerobiose) e sem produção de ácido lático (aláctica).

Anaerobiose láctica:
neste caso, que envolve os esforços intensos com menos de dois minutos de duração (lébreis de corrida, agility, ataque lançado), a energia é reconstituída a partir do glicogênio armazenado no músculo e da glicose sanguínea, sempre sem consumo de oxigênio, porém, desta vez com a produção e acúmulo de um resíduo metabólico, o ácido lático. De maneira muito esquematizada, é quase sempre o acúmulo deste último que leva, por exemplo, ao aparecimento da fadiga muscular e de cãibras.

Aerobiose: trata-se de um metabolismo que supre a necessidade energética do cão assim que o esforço torna-se rsistência (intensidade menor, porém duração de alguns minutos até algumas horas). Em um primeiro momento, a glicose sanguínea é oxidada graças ao oxigênio levado até o músculo pelos glóbulos vermelhos, mas diferentemente do homem, os lipídios irão constituir muito mais rapidamente a principal fonte de energia do cão.

Sem entrarmos em maiores detalhes daquilo que acabaria sendo um tratado de medicina desportiva canina, treinamento e nutrição serão novamente condicionados pelo conhecimento dessses dados metabólicos específicos.

Fonte: Enciclopédia do Cão Royal Canin

Um comentário:

Unknown disse...

cCHALISCHEGUEI ATÉ AQUI EM BUSCA DE RESPOSTAS, MAS INFELIZMENTE SÃO INSUFICIENTES OS DADOS. UM CÃO DIABÉTICO , INSULINO DEPENDENTE, COM ALIMENTAÇÃO ESPECIAL, COM CONTROLE INTENSO COM RELAÇÃO A PERDA DE PESO, NÃO CONSEGUE GANHAR PESO E NÃO PODE PERDER. NUM PROCESSO DE TREINAMENTO AERÓBIO , A PARTIR DE QUE TEMPO APROXIMADAMENTE A QUEIMA DE GLICOGÊNIO DIMINUI PARA QUE A QUEIMA DE GORDURAS SEJA A FONTE DE ENERGIA, SABEMOS QUE EM HUMANOS SE DÁ AOS 25MIN APROXIMADAMENTE E NO CÃO? ESTA RESPOSTA É DE VITAL IMPPORTÃNCIA PARA QUE O ANIMAL CONSIGA ATINGIR SEUS OBJETIVOS TERAPEUTICOS!!