sábado, 26 de janeiro de 2008

Fisiologia do Esforço Físico - Parte I

Tanto no cão como no homem o trabalho intenso e a competição estão na origem de um estresse ao mesmo tempo orgânico e psicológico. Assim sendo, o conhecimento geral das modificações fisiológicas induzidas pelo esforço físico pode permitir um melhor entendimento e, com isso, preparar melhor seu cão para uma competição, prevenindo as eventuais afecções patológicas que possam surgir.

Adaptações Cardiovasculares e Respiratórias

As adaptações cardiovasculares e respiratórias ao esforço têm a finalidade de, por um lado, garantir o fornecimento de oxigênio necessário para a atividade muscular e, por outro lado, permitir a eliminação dos resíduos, particularmente do gás carbônico e do calor, produzidos pelo metabolismo muscular. Essas adaptações são indispensáveis, não só para o bom desenvolvimento de uma prova esportiva, mas também para a continuação do esforço além dos instantes iniciais. Assim sendo, deve-se distinguir dois tipos de resposta do organismo:
-uma resposta imediata adaptada Às necessidades instantâneas do organismo, ou seja, concomitante ao esforço;
- uma resposta com prazo maior, que antecipa as necessidades do organismo e corresponde às adaptações induzidas pelo organismo.

Durante o exerício físico
O papel essencial das alterações da função circulatória durante o trabalho é aumentar o fluxo sanguíneo e, conseqüentemente, o fornecimento de oxigênio para os tecidos cujo metabolismo aumenta, principalmente os músculos. O organismo realiza esse estado aumentado o ritmo cardíaco e redistribuindo a massa sangüínea até os locais em atividade em detrimento dos locais em descanso. Essas modificações são complementadas por um crescimento da capacidade do sangue em transportar o oxigênio graças à contração do baço, que envia um grande número de glóbulos vermelhos até o sangue aumentado assim o hematócrito (quantidade de hemácias no sangue) e a quantidade de hemoglobina (substância que carrega o oxigênio no sangue).

O ritmo cardíaco pode elevar-se consideravelmente e atingir 10 vezes seu nível de descanso; a freqüência dos batimentos do coração aumenta de maneira muito sensível: em função da intensidade do esforço, podendo chegar a 300 batimentos por minuto no Galgo de corrida e 200 no Husky de trenó. Os músculos que trabalham são a sede de uma intensa vasodilatação, na qual a dilatação dos vasos sanguíneos aumenta o seu fluxo interno. Por fim, o fluxo ventilatório evolui em várias fases durante o esforço:
-durante os 3 a 4 primeiros segundos, a ventilação aumenta brutalmente;
-após alguns instantes ocorre uma segunda fase de aumento, mais lento;
-a seguir alcança-se um platô que se mantém até o final do esforço;
-em fase de recuperação, ocorre uma lenta diminuição da freqüência respiratória, que diminui de mais de 200 movimentos por minuto para apaoximadamente 30.

(Continua)

Fonte: Enciclopédia do Cão Royal Canin

Um comentário:

Rachel disse...

Achei legal a possibilidade de adquirir conhecimentos mais profundos sobre o que acontece com o cão na hora do esforço. Espero poder ler mais nos próximos posts.